sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

semelhante.

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aconteceu.
foi melhor do que ela imaginava/esperava. mas, visto por ela isso não era bom. era o contrário. afinal, há tanto tempo só, ela já não mais sabia como se portar diante de situações desse tipo.
deitou na cama e ficou lembrando. lembrando: de como o hálito dele era doce, das mãos dele acariciando a dela, do sussurro no pé do ouvido, do beijo que foi do ombro até os seus lábios. por mais que ela cantasse, não conseguia espantar as lembranças. ela fechava os olhos e sentia coisas estranhas, um frio que começava no pé e ia arrepiando os pelos dos braços, seu coração batendo em ritmo lento - como se estivesse dançando um reggae.
ela queria dormir, não pra se desligar das lembranças e sensações, mas pra sonhar. o mesmo sonho que ela teve na noite anterior.
mesmo curtindo/gostando de todos os acontecimentos, ela sentia medo. estava preocupada com o amanhã, pois sabia que o arrependimento bateria logo cedo na porta de sua consciência.
pegou no sono e não sonhou.
abriu os olhos e quando respirou percebeu que o cheiro dele ainda estava preso nela. se levantou e foi tomar banho. queria se livrar do cheiro dele, mas não conseguiu. tomou seu café amargo e comeu meio pão.
foi no caminho para o trabalho que ela se deu conta de que estava sorrindo, cantarolando mais alto do que de costume, dizendo: 'bom dia' para todos a sua volta.
medo ela ainda tinha, mas não do arrependimento - sim, ele apareceu logo quando ela abriu os olhos, mas com toda calma do mundo, ela o pegou e o guardou na caixa branca, ele estava precisando tirar férias - e sim do título/rótulo que ela estava prestes a ganhar.
só que nenhum medo/receio lhe roubou o sorriso ou fez o coração dela parar de dançar o reggae (:

# sim, é como andar de bicicleta.