terça-feira, 10 de novembro de 2009

começou.

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meu celular vibrou, era sinal de que mais uma sms havia chegado. fiquei olhando, olhando e com nenhuma vontade/curiosidade de saber o seu conteúdo, afinal era dele.
se eu voltasse o relógio, ou melhor, o calendário, talvez a minha reação seria diferente. (vásaber)
a tela ficou escura e eu continuei olhando, sem me mexer. acho que isso tudo durou uns cinco minutos, mas juro que pra mim foram mais.
depois disso voltei ao que eu estava fazendo, nada :)
novamente o celular vibrou, mas não era uma sms chegando, ele de fato estava tocando (?). estiquei o pescoço e li o nome dele. pensei: 'é delírio meu'. deixei o celular vibrar até a ligação cair na caixa postal. dei um sorriso cínico e voltei ao que estava fazendo, nada (:
mais uma vez o celular vibrou. sim, era ele ligando novamente e novamente eu deixei a ligação cair na caixa postal. isso se repetiu por mais cinco vezes.
foi quando eu deitei na cama e o interfone tocou. como de costume, ao invés de atender o interfone, fui olhar pela janela. quando o vi ali, com o celular na mão e uma caixa colorida em outra, não acreditei. minha vontade era de pular a janela, em cima dos braços dele, mas o orgulho não me permitiu nem abrir a boca.
- será que a gente pode conversar?!
- você não tá achando que vai me 'comprar' com essa caixa colorida,né?!
- claro que não e ela nem é pra você. então ... podemos conversar?!
- já estamos conversando.
- tudo bem, se você prefere assim. olha, eu não sei o que aconteceu, pensei que depois daquela conversa tudo voltaria ao normal, mas to vendo que não, e ...
- tá bom, pode subir.
enquanto ele subia, eu coloquei uma camisa/escovei os dentes/arrumei o cabelo e peguei na gaveta de cima um sorriso amarelo.
- entra.
- com licença.
- pra quem é essa caixa?!
- não mude de assunto, mocinha. agora quem vai falar sou eu.!
ele ficou ali, bem ao alcance de meus braços, tão perto da minha boca e ao mesmo tempo tão longe. não prestei a misera atenção no que ele dizia, e quando ele chegou ao fim de seu discurso comprado, o máximo que consegui dizer foi:
- quer namorar comigo?!
- como assim?! você ouviu tudo o que eu disse?! não, você não ouviu, você sempre faz isso.
- quer ou não quer?!
- vou embora. desse jeito não dá.
- eu vou falar bem pau-sa-da-men-te, que é pra você entender bem: se tu sair por aquela porta sem me oferecer uma resposta não precisa voltar nunca mais.
- pra você é tão fácil dizer isso. você quer o que?! que eu me jogue nos seus braços?! pra depois você ficar bêbada e esquecer tudo?!
- eu perguntei primeiro.
- se eu responder 'sim', terei as minhas respostas?!
- você já respondeu a minha pergunta?!
- sim, eu quero. agora é sua vez de res...
não quis saber das regras, não quis saber de vizinhos, não quis saber o que ele iria pensar depois. puxei ele pelo pescoço e fiz aquilo que queria fazer. o nosso primeiro beijo, como namorados. *-*
- quem diria que a menina tímida seria assim.
- eu aprendi com você ;D
- e aprendeu muito bem, parabéns batata.

# a frase fica pelo avesso, meio na contra-mão.