quarta-feira, 10 de março de 2010

prontofalei.

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há tempos eu venho querendo escrever sobre isso, mas sempre deixei pra lá. poisé, tenho essa mania também ;~
mas, chega um dia que é preciso falar, vomitar tudo que tem me feito mal. prometo (tentar) não usar nenhuma palavra chula. chamarei as pessoas por cores, pois depois não quero nego lendo e vindo tirar satisfação, me cobrando alguma coisa - dica: nunca, jamais, em hipótese alguma me cobre alguma coisa, principalmente se você não faz a sua parte.
conheci o azul. confesso que me encantei, sempre simpático e gentil. sempre cheio de assunto, sempre me fazendo sorrir. gostava do azul, gostava de verdade/na vera. alguém chegou e disse:
- toma cuidado maria, não vá com tanta sede ao pote.
só que maria não estava afim de ouvir conselho - pra dizer a verdade ela (quase) nunca escuta conselho. o azul foi ganhando espaço em sua vida. ela passava as horas a esperar por ele. daí, como nem tudo são flores/como tudo que é bom dura pouco/ e mais um monte de coisa chata e clichê, aconteceu.! o azul mudou, foi ganhando um tom mais escuro. já não era aquele azul calcinha que ela conheceu, ele estava um azul mais forte, diria que um azul marinho. já não era tão engraçado, já não tinha mais assunto e assim maria foi ficando sem a cor azul.
maria pensou em chorar, em se lamentar, em se arrepender do que nem ela mesma sabia. ela só pensava: a culpa é minha. resolveu correr atrás, resolveu pegar o seu tom branco e misturar naquele azul marinho, na vã esperança de conseguir de volta o tom azul calcinha. só que foram inúteis todas as suas tentativas. nada do que ela fazia o agradava. até que ele disse:
- o seu tom branco já não mais me chama a atenção. você é sem graça. sem vida. sem tudo.
confesso, chorei/lamentei/me humilhei/corri atrás. pois, quando eu gosto, eu gosto de verdade. procuro não provar meus sentimentos com palavras, mas com pequenas (grandes) demonstrações. mas, tem gente que não quer - simples assim. pode parecer loucura, mas tem nego que gosta de sofrer. que gosta de quem não gosta de volta. tem gente que é ingrata mesmo. que não reconhece o valor de outra e depois se lamenta da vida. PORRA.! (não aguentei ;x) para de procurar por quem tá longe, olha pro lado. não estou cobrando atenção, pra dizer a verdade eu não quero mais nada.! tem gente que diz:
- só damos valor quando perdemos.
isso é uma meia-verdade. não sei você, mas eu procuro valorizar enquanto tenho. enquanto tá por perto, porque depois de muito perder, aprendi que depois que a pessoa pega as coisas e vai embora meu bem, não adianta chorar/gritar e fazer tudo aquilo que você teve oportunidade de fazer e não fez.
tudo demais é sobra e tudo de menos é falta - palavras de minha mãe.
o azul, que antes era azul calcinha, mudou tanto que hoje é incolor. falou tanto de mim, que ele mesmo ficou sem nada. sem tom/sem graça e invisível.
e sabe o que é melhor de tudo isso?! - seguir em frente sem aquela bolsa-de-mão: saudade.
saudade é um sentimento bom (?) que só existe por pessoas que realmente são essências e importantes para você.
assim como o azul se foi. o amarelo e o laranja também. ;~
então, vou ali comprar/procurar uma caixa de lápis de cor nova, pois a vida é como um quadro branco. onde você rabisca/pinta o sete e como fazer isso sem cor?!

# ei, som. tem alguém aí me ouvindo?!